Conexão Brasil-França: “Chansong – A música de Tom Jobim & Michel Legrand” no Rio de Janeiro

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Dois dos maiores nomes da música mundial, Tom Jobim e Michel Legrand serão homenageados no Rio de Janeiro em duas apresentações imperdíveis. O show inédito “Chansong – A música de Tom Jobim & Michel Legrand” chega ao palco do  Dolores Club, na Lapa, no Centro do Rio, no dia 2 de maio, quinta-feira,  às 21h, com participação especial de Maurício Einhorn.      

O projeto é idealizado pelo pianista e compositor Kiko Continentino num quarteto que conta com as vozes de Valerie Lu e Lucynha Lima e o violonista e cantor Marcello Ferreira. Dois casais de musicistas, uma francesa e três brasileiros, que interpretam as canções nas línguas francesa, portuguesa e inglesa com arranjos próprios e únicos. Uma bela e rica viagem por obras fantásticas dos dois gênios, conectando Brasil e França. 

Com arranjos exclusivos e direção musical de Kiko Continentino, a formação de piano, violão, vozes e percussão, remonta e soa como uma verdadeira orquestra. O repertório promove a audição de clássicos como “Verão de 42” e “You Must Believe in Spring” (do filme “Les Demoiselles de Rochefort”), de Legrand, a pérolas jobinianas como “Surfboard”, “Águas de Março” e “A Felicidade”. 

Inédito no mundo, o show fez sua estreia em grande estilo, em março de 2019, no  Teatro Municipal de Niterói (RJ), com as bênçãos de Michel Legrand, dias antes de seu falecimento, através de seu filho, e de Paulo Jobim, filho do maestro Tom, que inclusive participou da primeira e segunda apresentações, a última em maio do mesmo ano, no Blue Note Rio.

 

Jobim & Legrand  

Um vértice significativo, comum aos dois compositores, é o fato de serem músicos atípicos, inquietos e versáteis. Ambos os compositores de farta produção. Legrand, pianista e arranjador como Jobim, também se desdobra na regência das melhores orquestras do seu tempo. Vencedor contumaz de Oscars, se embrenhou pelo cinema e televisão, transitando com absoluta naturalidade no meio erudito em associação com cantores de ópera, ao mesmo tempo em que dividiu a cena com os músicos de jazz, improvisando ao piano em plano de igualdade ao lado de monstros como Phil Woods, Miles e Coltrane. Já Antônio Brasileiro, músico de formação clássica e mente aberta como Michel, circulou das boates da Zona Sul carioca aos estúdios de gravação, atuando como produtor musical e arranjador no Brasil. Até conhecer Newton Mendonça, Vinícius e João Gilberto. E o boom da bossa-nova lançá-lo (meio que a contragosto) até Nova Iorque, onde conquistou o mundo com uma música altamente original, criativa, sofisticada, leve e poética ao mesmo tempo. Trazendo em seu DNA o samba, modas e ritmos brasileiros, o jazz das big-bands, assim como também a música clássica, principalmente dos impressionistas franceses. As coisas se interligam de forma saborosa. Villa Lobos, maior ídolo de Jobim, também precisou sair de casa em busca do reconhecimento mundial. E o fez na França. E não é de hoje este flerte entre o Brasil e a França. Tivemos, no final do século XIX, a Belle Époque brasileira, um movimento artístico cultural cosmopolita, baseado no impressionismo e Art Nouveau, que também influenciou muito a nossa arte no século XX.

 

Serviço:

 

Apresentação no Rio de Janeiro: 2 de maio, quinta-feira, às 21h (abertura da casa às 19h)

Local: Dolores Club – Rua do Lavradio, 10, Lapa, Rio de Janeiro – RJ

Entrada: R$ 40 (antecipado); R$ 60 (na hora)

Vendas e mais informações: https://bileto.sympla.com.br/event/92723/d/249316/s/1700723