GRES Beija-Flor de Nilópolis escolheu o hino oficial para o Carnaval 2023

0
373

A comunidade de Nilópolis vibrou, já nas primeiras horas desta sexta-feira (21/10), quando o presidente da Beija-Flor, Almir Reis, anunciou  o samba que a agremiação apresentará na Sapucaí
no carnaval 2023. Venceu a composição assinada pelos compositores Leo do Piso, Beto Nega, Manolo, Diego Oliveira, Julio Assis e Diogo Rosa. 

A Beija-Flor tem por enredo “Brava Gente! O grito dos excluídos no bicentenário da Independência”, em desenvolvimento pelos carnavalescos Alexandre Louzada e André Rodrigues.

O presidente da LIESA, Jorge Perlingeiro, compareceu à quadra da rua Pracinha Wallace Paes Leme, sendo recebido pelo presidente de honra da Beija-Flor e grande benemérito da Liga
Independente, Aniz Abrahão David, e seu filho, Gabriel David, diretor de Marketing da LIESA e ex-conselheiro da Escola. O vice-presidente da LIESA, Hélio Motta, e o diretor de Carnaval, Elmo
José dos Santos, também prestigiaram o evento. 

A festa começou cedo, com a coroação de Lorena Raíssa, a nova rainha de bateria da Beija-Flor. Ela foi recebida pelos mestres Plínio e Rodney, e os ritmistas da escola.

O mestre-sala Claudinho e a porta-bandeira Selminha Sorriso também participaram da cerimônia de coroação. 

Durante o evento, componentes e torcedores receberam a novidade anunciada pelo intérprete Neguinho da Beija-Flor. Ele revelou que a Azul e Branco contará com o reforço da cantora
Ludmilla no carro-de-som. 

A Beija-Flor de Nilópolis será a quinta escola a desfilar na Sapucaí, pelo Grupo Especial da Liesa, na segunda-feira de carnaval (20 de fevereiro).

Connheça o samba vencedor.


“Brava Gente! O grito dos excluídos no bicentenário da Independência”

Autores: Léo do Piso, Beto Nega, Manolo, Diego Oliveira, Julio Assis e Diogo Rosa

Intérprete: Neguinho da Beija-Flor

A revolução começa agora
Onde o povo fez história
E a escola não contou
Marco dos heróis e heroínas
Das batalhas genuínas
Do desquite do invasor
Naquele dois de julho, o sol do triunfar
E os filhos desse chão a guerrear
O sangue do orgulho retinto e servil
Avermelhava as terras do Brasil

Eh! Vim cobrar igualdade, quero liberdade de expressão
É a rua pela vida, é a vida do irmão
Baixada em ato de rebelião

Desfila o chumbo da autocracia
A demagogia em setembro a marchar
Aos “renegados” barriga vazia
Progresso agracia quem tem pra bancar
Ordem é o mito do descaso
Que desconheço desde os tempos de Cabral
A lida, um canto, o direito
Por aqui o preconceito tem conceito estrutural
Pela mátria soberana, eis o povo no poder
São Marias e Joanas, os brasis que eu quero ter

Deixa Nilópolis cantar!
Pela nossa independência, por cultura popular

Ô abram alas ao cordão dos excluídos
Que vão à luta e matam seus dragões
Além dos carnavais, o samba é que me faz
Subversivo Beija-flor das multidões