Evento sobre negritude mostra processo criativo de arte cartográfica inspirada nos quilombos cariocas

0
1090

Nesta quinta-feira (24/01), às 15h, os artistas multimídia GABRIEL MUNIZ e IRLA FRANCO, residentes do Artsonica – Residência Artística, apresentam ao público o processo criativo do desenvolvimento da obra multimídia “OuvidoChão – Cartas Quilombolas”, no auditório do prédio do Oi Futuro, no Flamengo, Zona Sul do Rio de Janeiro. O projeto evolve cartografia social, identidades negras, paisagens sonoras de quilombos urbanos da cidade do Rio de Janeiro. O evento é gratuito – com duração de 60 minutos – e tem vagas limitadas, portanto, os interessados devem fazer inscrição por pelo e-mail: [email protected]

O trabalho audiovisual e de pesquisa de sonoridades que liguem artes, tecnologia, design, meio ambiente e espiritualidade numa perspectiva afrocêntrica é desenvolvido por GABRIEL MUNIZ (33 anos) desde 2003.

Negro, ele atua na militância junto às comunidades quilombolas de Porto Alegre a partir da Frente Quilombola RS e enquanto cineclubista-educador popular em comunidades negras de Recife/Olinda-PE junto ao Cineclube Bamako, pelo qual também realiza produções audiovisuais. O midiartista é educador pelo Centro de Comunicação e Juventude do Recife (CCJ Recife); Oi Kabum! Escola de Arte e Tecnologia Recife; e projeto Telinha na Escola Recife

+Itinerâncias nos estados do Tocantins e Pará.

“Estamos há alguns meses fazendo um mapeamento colaborativo das sonoridades destes territórios, lançando uma escuta sobre a presença política, cultural e histórica da negritude nestes espaços. Nosso intuito é ressaltar a afirmação negra no espaço físico e nas dinâmicas culturais de grandes metrópoles brasileiras, neste caso o Rio de Janeiro, afirmando sua importância na construção social da cidade a partir dos índices sonoros desta presença na atualidade.

Experimentaremos uma interação de linguagens de arte tecnológica a conceitos geográficos, de modo a propor um fluxo de informações e de acesso a tecnologias de geolocalização física e digital”, explica Gabriel Muniz.

Saiba mais –  <https://ouvidochao.wordpress.com/>

https://ouvidochao.wordpress.com/

Durante a apresentação gratuita e aberta ao público de “OuvidoChão – Cartas Quilombolas”, Gabriel irá relatar as primeiras impressões sobre o contato com o Rio de Janeiro, com os quilombos e os encontros/desencontros do processo de pesquisa mostrando alguns personagens que integram a obra, os espaços pelos quais passoi, as paisagens sonoras que captou, histórias reais/lembranças e memórias do povo quilombola.

O objetivo da apresentação é fortalecer a resistência histórica dos povos quilombolas, potencializar ainda mais a importância destes espaços ocupados por povos que foram historicamente destituídos de seus ambientes naturais, mas que retomaram suas áreas africanas e neles reconfiguraram suas tradições, semeando e colhendo em solo brasileiro sua ancestralidade numa perspectiva.

“Trabalhamos como princípio esta relação com o chão, com o solo, nossa proposta visa aprofundar uma poética da agricultura dos sons, tanto em sua perspectiva material (índices sonoros, impacto social e político) quanto imaterial (signo sonoro, significados, relação com espiritualidade) e diálogos com conceitos do campo geográfico – espaço, lugar, territorialidade – a partir da construção das cartografias sonoras”, esclarece o artista selecionado pelo Artsonica Residência Artística.

O ArtSonica – Residência Artística é um projeto idealizado e dirigido pela Zucca Produções e tem patrocínio da Oi, através da Lei Federal de Incentivo à Cultura (Lei Rouanet), e apoio do Oi Futuro e do LabSonica.

Serviço

“OuvidoChão In Process”

Oi Futuro Flamengo.

Rua Dois de Dezembro, 107, Auditório (2º andar) – Flamengo.

Data: 24 de janeiro (Quinta).

Horário: 15h.

O evento é gratuito – com duração de 60 minutos – e tem vagas limitadas, portanto, os interessados devem fazer inscrição por pelo e-mail [email protected]