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O Corpo Negro: mostra audiovisual do festival de dança tem 10 filmes em cartaz

A mostra audiovisual do festival de dança O Corpo Negro começou nas unidades do Sesc RJ, com 10 filmes em cartaz, dirigidos ou estrelados por artistas negros e negras. As obras são oriundas de cinco estados brasileiros: Rio de Janeiro, São Paulo, Minas Gerais, Bahia, Alagoas e Ceará. Ao todo serão mais de 40 exibições ao longo do evento este mês. Todas as sessões são gratuitas, com retirada antecipada dos ingressos. 

Em cartaz, estão os documentários Congar e Damas do Samba; as obras de ficção Ilhas de Calor, Negrum3, A Rainha Diaba e Vaga Carne; e os experimentais Pedreira!, Elegbará, Só Sei Sentir e SETA. 

Os filmes estão em exibição no Arte Sesc, no Flamengo, Zona Sul do Rio; no Centro Cultural Sesc Quitandinha, em Petrópolis; e nas unidades do Sesc em Copacabana, Ramos, Nova Friburgo, Nova Iguaçu, São Gonçalo e Niterói. Veja as sinopses e as datas de exibição abaixo. 

“A mostra busca representar a cultura negra de forma plural, compreendendo as múltiplas realidades e interesses estéticos dentro do universo audiovisual produzido no Brasil hoje e no passado. Apesar de cada filme estar ligado a um tipo de produção audiovisual específico, todos as obras selecionadas compartilham de uma centralidade e de uma performatividade dos corpos negros. Tudo isso em prol de uma reflexão acerca do protagonismo negro no audiovisual”, conta Leandro Luz, analista de Audiovisual do Sesc RJ. 

Um exemplo disso é a junção, em uma mesma sessão, de dois filmes diferentes, como Negrum3, curta-metragem contemporâneo afrofuturista, e A Rainha Diaba, longa de 1974 protagonizado por Milton Gonçalves e que será exibido em uma nova cópia digitalizada por uma iniciativa do Janela Internacional de Cinema do Recife junto com a organização Cinelimite e o laboratório Link Digital/Mapa Filmes.

Outro destaque da mostra é o documentário Congar, produzido por uma equipe de jovens realizadores, a convite do Sesc RJ, que registrou a viagem do Reinado de Nossa Senhora do Jatobá, de Belo Horizonte para o Rio de Janeiro, para apresentação no festival, no ano passado. O filme mostra diferentes gerações da irmandade, que levam consigo os seus ritos e celebram juntos a fé, a memória e o tempo.

Já Pedreira! tem entre os seus diretores Kleber Lourenço, que também está apresentando um espetáculo de dança homônimo no festival, o que permite ao público apreciar um mesmo trabalho em duas linguagens distintas. Outro destaque da mostra é o filme Vaga Carne, dirigido e protagonizado pela Grace Passô, obra baseada no premiado trabalho, escrito originalmente para o teatro, e que na versão para o cinema ganha outros contornos narrativos. 

O festival de dança O Corpo Negro começou no último dia 29 de abril, no Rio, com apresentação gratuita de espetáculos criados e executados por artistas negros e negras. Realizada pelo Sesc RJ, a terceira edição do evento tem mais de 90 apresentações, shows, oficinas e debates, selecionados por meio de um edital público. A programação se estende até 28 de maio nas cidades Nova Friburgo, Nova Iguaçu, Niterói, Petrópolis, São Gonçalo e Volta Redonda. Confira a programação completa em www.ocorponegro.com.br

 


PROGRAMAÇÃO – MOSTRA  AUDIOVISUAL

 

Congar

09 de maio, às 9h30 – Sesc Nova Iguaçu

09 de maio, às 19h – Sesc Copacabana

26 de maio, às 14h – Sesc Nova Friburgo*

*Sessões comentadas pelos diretores Gabo M. Barros e Saulo Adão

 

Damas do Samba

10 e 12 de maio, às 14h e 19h – Sesc Nova Friburgo

11 de maio, às 9h30 e 18h – Sesc Nova Iguaçu

17 de maio, às 10h – Centro Cultural Sesc Quitandinha

18 de maio, às 18h30 – Sesc Niterói

20 e 23 de maio, às 15h e 19h – Sesc Copacabana

31 de maio, às 15h – Sesc Ramos

 

Pedreira!

11 de maio às 10h – Sesc São Gonçalo

13 de maio às 15h – Sesc Copacabana*

*Sessão comentada pelo diretor Kleber Lourenço

 

Negrum 3 e A Rainha Diaba

12 de maio às 19h – Sesc São Gonçalo

13 de maio às 17h – Arte Sesc*

16 de maio às 19h – Sesc Copacabana

23 de maio às 15h – Sesc Ramos

25 de maio às 16h30 – Sesc Niterói

20 de maio às 15h – Sesc Barra Mansa

*Sessão comentada pelos diretores Diego Paulino e Antonio Carlos da Fontoura.

 

Só sei sentir, Elegbará e Ilhas de Calor

11 de maio às 14h – Sesc Nova Iguaçu

11 de maio às 14h30 e 13 de maio às 16h – Sesc São Gonçalo

11 de maio às 16h30 – Sesc Niterói

17 de maio às 15h – Sesc Ramos

17 de maio às 19h – Centro Cultural Sesc Quitandinha

26 de maio às 19h – Sesc Nova Friburgo

27 de maio às 15h – Sesc Copacabana

27 de maio às 17h – Arte Sesc

 

Vaga carne e SETA

09 de maio às 14h – Sesc Nova Iguaçu

10 de maio às 16h – Sesc São Gonçalo

10 de maio às 15h – Sesc Ramos

16 de maio às 19h – Centro Cultural Sesc Quitandinha

20 de maio às 17h – Arte Sesc

 

SINOPSES

Congar

Classificação Livre | Direção: Gabo M. Barros e Saulo Adão.

O Reinado de Nossa Senhora do Jatobá viaja de Belo Horizonte para o Rio de Janeiro para se apresentar e encontrar o mar. Diferentes gerações da irmandade levam consigo os seus ritos e celebram juntos a fé, a memória e o tempo.

 

Damas do Samba

Classificação: Livre | Direção: Susanna Lira.

Desde que o samba surgiu no Rio de Janeiro, a presença feminina foi fundamental para a sua criação, manutenção e perpetuação até os dias de hoje. Musas, pastoras, tias, compositoras, passistas, madrinhas, carnavalescas, mulatas, intérpretes e até mesmo como operárias, elas formam um painel de cores, sentimentos e sons na representação desta cultura. Este filme faz um breve passeio pela história de algumas dessas mulheres, reverenciando e reconhecendo a sua força e a contribuição para a construção deste enredo.

 

Pedreira!

Classificação: 12 anos | Direção: Kleber Lourenço e Osmar Zampieri.

Atravessar o tempo e habitar os espaços. Um homem se desloca na paisagem evocando memórias de ontem e hoje. Mitopoética de si e dos seus. Pedreira! versa sobre o cruzamento entre mundos, sobre corpos que se deslocam na diáspora entre os terreiros e as cidades em ações de luta e sobrevivência. Dançamos o agora em encantamento e sabedoria de pedra. Na busca por justiça.

 

Negrum3

Classificação: 10 anos | Direção: Diego Paulino.

Entre melanina e planetas longínquos, NEGRUM3 propõe um mergulho na caminhada de jovens negros da cidade de São Paulo. Um ensaio sobre negritude, viadagem e aspirações espaciais dos filhos da diáspora.

 

A Rainha Diaba

Classificação: 18 anos | Direção: Antônio Carlos da Fontoura.

Do quarto dos fundos de um bordel a cruel, Rainha Diaba controla o tráfico de maconha. Para livrar da prisão um belo protegido a Rainha ordena que Catitu, seu braço direito, envolva em uma onda de crimes o ingênuo Bereco, gigolô da cantora de cabaré Isa, para entregá-lo à polícia. A situação sai do controle da Rainha e tudo se decidirá de maneira sangrenta.

 

Só sei sentir

Classificação: Livre | Direção: Xayoncé.

“Sempre me perguntam o que eu danço” é o pontapé inicial do primeiro curta de Xayoncé. Através da dança e das inquietações direcionadas ao corpo preto e sapatão, Xay enfeitiça todos com a sua arte.

 

Elegbará

Classificação: Livre | Direção: Nyandra Fernandes.

Fora dos locais óbvios e esteticamente bonitos, uma dança efêmera e visceral dialoga com a cidade fazendo das ruas seu palco urgente.

 

Ilhas de Calor

Classificação: 12 anos | Direção: Ulisses Arthur.

Na escola, Fabrício anda com as meninas e com elas cria um grupo de rap onde entoam rimas provocadoras para os meninos. Ele está apaixonado e guarda esse segredo só pra si, mas logo o muro invisível da paixão vai se estilhaçar.

 

SETA

Classificação: 14 anos | Direção: Felícia de Castro e Mariana Rotili.

SETA é uma criação de Felícia de Castro e Mariana Rotili originada do encontro com a música Joana Dark de Ava Rocha no fervor do março das mulheres e de Marielle. Cíclica, é uma ação enérgica movida por amor. É também uma ação lúdico-erótica que autoriza o prazer como poder e expressão da natureza divina e afirmação da vida frente à pulsão de morte que nos assola e a este país.

 

Vaga carne

Classificação: 16 anos | Direção: Grace Passô e Ricardo Alves Jr.

Uma estranha voz toma posse do corpo de uma mulher. Juntos, a voz e o corpo procuram por pertencimento e por uma identidade própria enquanto questionam seus papéis dentro da sociedade. O filme é uma transcriação do espetáculo teatral da atriz e dramaturga Grace Passô.

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