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“Sinfonia das Florestas”, de Ricardo Tacuchian, estreia no Rio

No ano em que se festeja os 80 anos do compositor e regente Ricardo 
Tacuchian, um dos mais prestigiados do país e membro da Academia 
Brasileira de Música, uma estreia de grande porte dá brilho a uma 
extensa agenda de comemorações ao logo de 2019. A saber dos profundos 
cortes no meio da música clássica (e no cultural, como um todo), é de 
se louvar a estreia no Rio de sua “Sinfonia das Florestas” na Sala 
Cecília Meireles, no dia 12/07 (sexta-feira), com a Orquestra 
Sinfônica Nacional da UFF, sob regência de Tobias Volkmann e com a 
participação da soprano Marianna Lima. A estreia nacional aconteceu no 
último dia 7/07, pela mesma orquestra, no Cine Arte UFF.

Escrita em 2012 em quatro movimentos para orquestra sinfônica e solo 
de soprano, a obra sinfônica só foi apresentada fora do país, em 2013, 
quando teve sua estreia mundial nas três cidades de Castilla e Léon 
(Espanha), pela Orquesta Sinfónica del Conservatorio Superior de 
Música de Castilla-León, sob a regência do Maestro Javier Castro e com 
a participação da soprano espanhola Sofía Pintor, com surpreendente 
resposta do público espanhol.

A obra está dividida em quatro movimentos: 1. Amazônia; 2. Cerrado; 3. 
Queimadas; e 4. Mata Atlântica. A “Sinfonia das Florestas” é uma obra 
que guarda algumas referências da forma Sinfonia. Apesar de 
reportar-se às florestas brasileiras, é, na realidade, uma metáfora de 
todas florestas do mundo que correm o risco de desaparecer.

Impossível não traçar paralelos com a atual política governamental de 
proteção ao meio ambiente. “Não se trata de uma obra folhetinesca”, 
afirma Tacuchian. “Seus objetivos são antes poéticos, embora se refira 
a um dos problemas mais marcantes da humanidade, na atualidade: a luta 
pela preservação das florestas do mundo como uma das formas de atenuar 
o aquecimento global e o prejuízo do bioma de nosso planeta”, 
completa. Os textos dos poetas Thiago de Mello, no primeiro movimento, 
e de Gerson Valle, no quarto movimento, são apresentados numa aura de 
dor e êxtase. O terceiro movimento, Queimadas, é quase uma denúncia 
contra os desmatamentos e queimadas que degradam as nascentes 
fluviais, poluem o ambiente e ameaçam a biodiversidade. “No entanto, a 
obra é otimista e mostra que há ainda tempo para a volta ao bom senso 
pelas autoridades que governam o mundo e pelas pessoas comuns que nele 
habitam”, conclui o compositor.

A obra é dedicada ao Maestro JOSÉ SIQUEIRA, seu Professor de 
Composição na Universidade e quem o ensinou a amar o Cerrado. Aliás, 
várias obras de Tacuchian exploram a temática ecológica da Sinfonia 
das Florestas, como Dia de Chuva (1963), Estruturas Verdes (1976), 
Terra Aberta (1997) e Biguás (2009), entre outras.

A estreia da obra orquestral é uma das muitas atividades previstas ao 
longo do ano dentro das comemorações dos 80 anos do compositor. Serão 
lançados ainda diversos registros fonográficos de suas composições: 
“Pimenta Malagueta”, para violino solo, estará no CD do grupo Imago 
Mundi; a pianista Martha Marchena fez a gravação de “Il fait du 
soleil” para a Radio Nacional de Espana/Radio Clasica; o Duo Burajiru 
lançará um disco com sua obra completa para viola; “Gengibre” ganhará 
o registro no CD de Philip Doyle (trompa solo); e o saxofonista Pedro 
Bittencourt fará sua leitura para “Delaware Park Suite” (para saxofone 
e piano).

SERVIÇO:

Orquestra Sinfônica Nacional da UFF estreia “Sinfonia das Florestas”, 
de Ricardo Tacuchian

Local: Sala Cecília Meireles

Data: 12/07, sexta-feira

Horário: 20:00

Endereço: Largo da Lapa, 47, Lapa, Rio de Janeiro

Ingressos: R$ 40,00 inteira – R$20,00 estudantes e idosos.

Ingressos à venda na bilheteria da Sala e online através da Ingresso 
Rápido: www.ingressorapido.com.br

Informações:  21 2332-9223 /  21 2332-9224

www.salaceciliameireles.rj.gov.br

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