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Casos, internações e óbitos por Covid-19 voltam a cair na cidade do Rio

O período de transição entre os meses de julho e agosto marcou a introdução da variante Delta, mais transmissível, na cadeia de contágio da cidade do Rio. Com a circulação da nova cepa, tornando o Rio o epicentro da pandemia no país, os índices de casos, hospitalizações e óbitos por Covid-19 voltou a crescer, depois de meses em queda sustentada como reflexo da vacinação. Já setembro reverte esse cenário e começa esperançoso para os cariocas: os mesmos indicadores voltam a apresentar tendência de redução.

Entre a terceira semana de agosto e a primeira semana de setembro, por exemplo, o número de internações em unidades do sistema público de saúde no Município do Rio diminuiu 26%. O total de casos, atendimentos na rede de urgência e emergência por síndrome gripal e síndrome respiratória aguda grave, e óbitos notificados acompanham esse movimento de queda. Além disso, mais um indicativo a ser considerado é a fila de espera por leito de tratamento de Covid, que novamente está zerada.

– Começamos a ter um padrão que já esperávamos com o aumento da cobertura vacinal. É um grande marco, com a tendência de queda bastante expressiva nos índices da doença – comenta o secretário municipal de Saúde, Daniel Soranz.

Outra consequência da melhora do cenário epidemiológico apontada na apresentação da 36ª edição do Boletim Epidemiológico da Covid-19, divulgada nesta sexta-feira (10), é o retorno de algumas áreas da cidade para estágio de atenção amarelo no mapa risco – indicador que considera as internações e óbitos. Depois de cinco semanas seguidas com todas as 33 regiões administrativas (RAs) do município classificadas como risco alto (laranja) para transmissão do coronavírus, seis delas agora apresentam risco moderado (classificação amarela): Portuária, São Cristóvão, Penha, Ilha de Paquetá, Santa Teresa e Barra da Tijuca. As medidas de proteção à vida foram prorrogadas até 20 de setembro, mantendo o nível de alerta para risco alto.

Notificações

O 36º boletim mostra que, desde março de 2020, o Município do Rio soma 460.253 casos de covid-19, com 32.609 óbitos. Em 2021 são 244.944 casos e 13.550 mortes. A taxa de letalidade deste ano está em 5,5%, contra 8,9% em 2020; e a de mortalidade, em 203,4 a cada 100 mil habitantes, contra 286,1/100 mil no ano passado. A incidência da doença é de 3.677,1/100 mil, quando em 2020 era de 3.232,2/100 mil.

Na última semana, 17 novos casos de diferentes variantes do vírus foram identificados na cidade, sendo todos moradores locais. Desde a identificação do primeiro caso de novas variantes, o município contabiliza 1.384, sendo 1.135 residentes. Entre os que moram na cidade, 873 casos da Gamma, 249 da Delta e 13 da Alfa.

O secretário municipal de Saúde de Campo Grande, José Mauro Filho, esteve presente na coletiva de apresentação do boletim a convite da SMS-Rio e exaltou a parceria entre os municípios: “Observamos que o Rio de Janeiro tem sido referência para todos os estados do Brasil no combate à pandemia, principalmente no planejamento da vacinação. Temos números parecidos e estamos seguindo praticamente juntos no calendário. Vivemos hoje um cenário diferente do início da doença, com uma doença desconhecida, mas nos preparamos e estamos realmente combatendo. Temos hoje uma realidade em que testes e vacinas fazem toda a diferença para a retomada. Estou aqui para aprender sobre grandes eventos e entender o processo em relação à Delta e à vacinação. Percebemos que já houve um resultado muito importante. A vacina realmente é a saída para o problema”.

Vacinação

Depois de uma semana suspenso devido ao atraso na entrega de imunizantes pelo Ministério da Saúde, órgão responsável pelo envio de remessas aos estados e municípios, o calendário de vacinação por idade do Município do Rio foi retomado na última quarta-feira (8). Meninas de 15 anos puderam receber sua primeira dose (D1) de Pfizer – único imunizante liberado pela Anvisa para uso em adolescentes – nos dias 8 e 9 de setembro. Nesta sexta-feira (10), é a vez dos meninos de 15 anos. Para prosseguimento com as demais faixas etárias, em ordem decrescente, a Secretaria Municipal de Saúde (SMS) aguarda a chegada de mais vacinas.

Para este sábado (11), está prevista repescagem para adolescentes de 15 a 17 anos; e gestantes, puérperas, lactantes e pessoas com deficiência (PcD) com 12 anos ou mais; além da aplicação da segunda dose (D2) normalmente. Os postos de vacinação funcionarão das 8h ao meio-dia.

No total, mais de 8,1 milhões de doses de vacinas contra covid-19 já foram aplicadas no Município do Rio. Até a última quinta-feira (9), 5.172.342 pessoas haviam tomado a D1 de CoronaVac, AstraZeneca ou Pfizer, e outras 138.550 receberam o imunizante da Janssen, que tem o esquema vacinal de dose única (DU). Esse total representa 91,9% da população carioca elegível para a vacinação (a partir de 12 anos) com a imunização iniciada ou concluída. Entre as pessoas que seguem o esquema vacinal de duas doses, 2.803.509 já receberam a D2, o equivalente a 50,9% da população elegível com a imunização completa. As doses de reforço (DR) em idosos já somam 6.140 aplicações.

– Avançamos sem deixar ninguém pra trás. Seguimos percorrendo o objetivo de cobertura vacinal acima de 90% em todas as faixas etárias – destaca o superintendente de Vigilância em Saúde da SMS, Márcio Garcia.

A SMS-Rio disponibiliza mais de 280 pontos de vacinação em toda a cidade, funcionando de segunda-feira a sábado, para facilitar o acesso da população à vacina. A lista desses pontos, seus horários de funcionamento, o calendário de vacinação e outras informações estão disponíveis em coronavirus.rio/vacina e nas redes sociais da SMS e da Prefeitura do Rio. A vacinação em domicílio está disponível para idosos acamados (DR) e PcD com 12 anos ou mais e pode ser solicitada pelo site https://coronavirus.rio/vacinacaoemdomicilio/ ou pelo WhatsApp 21 97620-6472 (canal de atendimento de segunda a sexta-feira, de 9h a 16h).

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