Orquestra Republicana homenageia Eduardo Gallotti

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Rio 14 de Fevereiro de 2009 Assunto: Orquestra Republicana Revista: Bravo Fotos: Daryan Dornelles

A Orquestra Republicana comandou a gafieira aos sábados, no salão do Clube dos Democráticos, na Lapa, por mais de 8 anos. Não se reúnem desde de 2017. Agora, dia 12 de janeiro, se juntam para homenagear um dos seus fundadores, Eduardo Gallotti. Vai ser no QG da Republicana, Clube dos Democráticos, salão descoberto por Gallotti.

A estréia foi em 2005, no dia 19 de fevereiro, que por coincidência foi a data da primeira constituição Republicana no Brasil, e lá se vão 9 anos de sucesso absoluto, mais de 80 mil pessoas passaram por lá. Lançou o cd Orquestra Republicana – ao vivo na lapa, que já vendeu mais de 4 mil unidades no baile.

Porque Republicana ?

Foi criada no Clube dos Democráticos, que teve atuação marcante nas campanhas Abolicionista e Republicana. Seus salões eram usados pelos Republicanos para reuniões, que viriam a derrubar o Império, e por incrível que pareça Dom Pedro II era sócio do clube.

O time de músicos é da melhor qualidade, uma verdadeira seleção: Alfredo Del Penho (voz e violão) Mariana Bernardes (voz e cavaquinho), Pedro Holanda (voz e violão); Sergio Krakoviski (pandeiro e percussão); João Hermeto (bateria e percussão); Joana Queiroz (clarineta e sax); Fernando Jovem (trombone), Marco Basílio (surdo) e Samuel de Oliveira (sax), Jade Perrone (pandeiro e percussão) e o maestro Marcelo Bernardes (sax e flauta).

No repertório, Pixinguinha, Aldir Blanc, Djavan, Jackson do Pandeiro, Zeca Pagodinho, Jacob do Bandolim, Chico Buarque, Noel Rosa, Cartola, Dorival Caymmi, Gilberto Gil, Jorge bem jor, Paulinho da Viola, Geraldo Pereira, Ernesto Nazareth, Adorinan Barbosa, Germano Matias, Dona Ivone Lara, Wilson Moreira, entre outros, além de composições próprias.

Serviços:

Orquestra Republicana homenageia Eduardo Gallotti

QUANDO: Dia 12 de janeiro, quinta-feira. Abertura das portas ás 20h. Início do show às 21h30.

ONDE: Clube dos Democráticos – Rua Riachuelo, 91 – Lapa – Rio de Janeiro

QUANTO: R$ 40,00 ( meia entrada R$ 20,00)

Sobe Eduardo Gallotti

Foi fundador de várias rodas de samba tradicionais como “Candongueiro”, em Niterói; “Sobrenatural”, “Severina”, a do bar “Emporium”, a do Anjos da Lua, no Democráticos e a do “Trapiche”, no Rio de Janeiro.

Integrou a Orquestra Republicana e o grupo Anjos da Lua que se apresentavam semanalmente no Clube dos Democráticos.

Compôs vários sambas para os blocos do carnaval de rua do Rio de Janeiro, como o “Simpatia á quase Amor”, “Suvaco do Cristo”, “Bloco da Segunda”, “Barbas”, “Meu Bem Eu Volto Já”, “Imprensa que Eu Gamo”, entre outros. Participou, durante o período de carnaval, dos desfiles de escolas de samba como julgador de bateria. No carnaval de 2010, a marchinha de sua co-autoria e interpretação “O bispo também quer levar” foi classificada em segundo lugar, no Concurso de Marchinhas da Fundição Progresso, no Rio de Janeiro.

Dividiu o palco, tocando e cantando, com Elza Soares e Paulinho da Viola, no projeto “Roda de Bamba”, realizado no Museu da Imagem e do Som, no Rio de Janeiro.

Em 2002 lançou, pelo selo Carioca Discos, seu primeiro CD “O Samba das Rodas”. Com produção de Paulinho Albuquerque, o disco contou com repertório das rodas de samba, incluindo as faixas “Morrendo de saudade/ Não é assim” (Nei Lopes e Wilson Moreira/ Paulinho da Viola); “Cem mil réis/ Sem tostão/ O orvalho vem caindo” (Noel Rosa e Vadico/ Artur Costa e Noel Rosa / Noel Rosa e Kid Pepe), com participação de Pedro Miranda; “Cabritada mal sucedida/ O couro do falecido/ Cabrito dá bode”(Geraldo Pereira e Wilton Vanderlei/ Jorge De Castro e Monsueto/ c/ Fábio Barreto e Magrinho); “Pedro do pedregulho/ Unha de gato” (Geraldo Pereira/ Elton Medeiros); “Só pra chatear/ Tá maluca” (Príncipe Pretinho/ Germano Augusto e Wilson Batista); “Nêga Dina/ A banca do distinto” (Zé Keti/ Billy Blanco); “O que é que eu dou/ Dinheiro não há/ Se essa mulher fosse minha” (Antônio Almeida e Dorival Caymmi/ Alvarenga e Benedito Lacerda/ Geraldo Gomes e Haroldo Torres); “1296 Mulheres/ Oito mulheres” (Moreira da Silva e Zé Trindade/ José Batista), com participaçâo de Walter Alfaiate; “Tia Eulália na xiba” (Claudio Jorge e Nei Lopes), com participaçâo de Sandrinho; “Chegou a bonitona/ Pisei num despacho/ Você está sumida” (Geraldo Pereira e José Batista/ Elpídio Viana e Geraldo Pereira/ Geraldo Pereira e Jorge de Castro); “Folhas secas/ Cuidado com a outra” (Guilherme de Brito e Nelson Cavaquinho/ Augusto Thomaz Junior e Nelson Cavaquinho); “Linda Guanabara/ Quem espera sempre alcança/ Pam pam pam” (Paulo da Portela/ Hermínio Bello de Carvalho e Paulo da Portela/ Paulo da Portela); “A maioria sem nenhum” (Élton Medeiros e Mauro Duarte); “Se você jurar/ Quebrei a jura/ Nem é bom falar” (Francisco Alves, Ismael Silva e Nilton Bastos/ Haroldo Lobo e Milton de Oliveira/ Francisco Alves, Ismael Silva, Nilton Bastos).

Em 2007 realizou shows em Honduras, a convite da Embaixada do Brasil naquele país, com o patrocínio do Ministério das Relações Exteriores.

Participou do filme “Noel Rosa, o Poeta da Vila”, como ator e cantor. Atuou, também, como ator e cantor, no filme curta metragem “Samba no Botequim do Seu Zé”, lançado em 2009 na Casa Rui Barbosa, no Rio de Janeiro.

Em 2010 participou, como músico e cantor, de diversos shows em função da divulgação do Samba, dentre eles “No princípio era a roda”, realizado no Centro Cultural do Banco do Brasil-CCBB e “Panorama da Lapa”, realizado no Teatro Carlos Gomes, no Rio de Janeiro. Nesse mesmo ano lançou com a Orquestra Republicana o CD “Ao vivo na Lapa”, atuando como intérprete e autor de duas das músicas: “Partido do homem solteiro” e “Vovó Curandeira” (c/ Magrinho).

Em 2011 apresentou-se e foi responsável pela direção musical da série de shows “Lapa de Todos os Santos”, realizado no Centro Cultural do Banco do Brasil, no Rio de Janeiro.

Em 2012 participou da gravação do DVD “Casuarina – 10 anos de Lapa”, apresentando-se ao lado de Biro, André Pressão e João Cavalcanti, homenageando o evento “Samba em 4 Tempos”, em show que contou com a participação de artistas que fizeram parte do cenário de revitalização do bairro da Lapa, como Teresa Cristina, Moyseis Marques, Marcos Sacramento, Áurea Martins, Nilze Carvalho, Pedro Miranda, Zé Paulo Becker, Áurea Martins, Zé da Velha e Silvério Pontes, entre outros. Nesse mesmo ano participou do projeto “Musicafinidades – Ecos de 22”, em comemoração aos 90 da Semana de Arte Moderna, discursando sobre o processo de revitalização no bairro da Lapa, no Rio de Janeiro, do qual foi um dos principais responsáveis.  O projeto, realizado na Sala Funarte Sidney Miller, no Rio de Janeiro, também contou com a participação do cantor e compositor Moacyr Luz nessa mesma edição.

Acompanhou artistas como Moreira da Silva, Dona Ivone Lara, Monarco, Walter Alfaiate, Nelson Sargento, Xangô da Mangueira, Beth Carvalho, entre outros.

Em 2013 participou da semana “Os Sambas do Brasil”, dentro das comemorações do “Ano Brasil Portugal”, apresentando o espetáculo “Quem foi que inventou o Brasil? – a presença de Portugal na música popular brasileira”, ao lado do violonista e percussionista Luiz Filipe de Lima, no Espaço Brasil, em Lisboa (Portugal). O show, cujo título foi inspirado na marchinha carnavalesca “História do Brasil” (Lamartine Babo), reuniu músicas do início do século XX até o início do século XXI que abordam a influência portuguesa no Brasil.

Em 2015 lançou o CD “Quem me conhece”, com 12 faixas, incluindo as autorais “Ela não quer dançar contigo”, “Vovó curandeira” (c/ Mário Moura e Orlando Magrinho) e “Partido do homem solteiro”.

Fonte Dicionário Cravo Albin da Musica Popular Brasileira