Lenine participa do Projeto “Sopro”, qe reúne Vicente Nucci, Vinícius Castro e Zezé Motta

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A amizade e a música uniram Vicente Nucci, Vinicius Castro e Zé Motta na criação do projeto “Sopro”. O trabalho é resultado do entrelaçamento das carreiras dos compositores e instrumentistas, que juntos estudaram na Faculdade de Música da UniRio. No dia 18 de agosto, eles lançam o primeiro single desse trabalho: a canção “Precipício”, parceria dos três, que contou com a participação especial de Lenine na gravação.  

“Foi um prazer participar desse projeto maravilhoso, ‘Sopro’, de três grandes compositores! Cantei no single ‘Precipício’, que será lançado agora em agosto. Muito bacana mesmo”, empolga-se Lenine.

“A melodia de ‘Precipício’ surgiu de uma época em que eu e o Zé estávamos compondo juntos algumas canções e ainda nem havíamos pensado que elas poderiam receber uma letra no futuro – o que aconteceu pelas mãos do Vinicius. A melodia e a harmonia surgiram das músicas do Clube da Esquina. Eu quase podia ouvir o Milton Nascimento cantando o trecho melódico do início. Esse foi o ponto de partida. A partir daí, o Zé inseriu ideias que eu jamais conseguiria pensar por mim mesmo. Temos uma dinâmica legal na composição, pois podemos ter visões e ideias muito diferentes dentro da mesma música. Vinicius juntou-se a nós, trazendo mais vida à canção, dando um tema, um nome e imagens, que sensivelmente estão atreladas ao que julgo ser possível sentir ao ouvir a melodia e harmonia sem letra”, explica Vicente.

O projeto foi produzido de forma peculiar. Tudo foi gravado remotamente usando tecnologia de ponta, com a participação de artistas das mais diversas partes do globo: uma orquestra de cordas em Praga, músicos dos EUA, do Reino Unido, de Portugal e, claro, do Brasil. Todas as canções do projeto “Sopro” foram compostas há anos e trazem o frescor de um momento de vida mais leve, mais simples, mais fluido para Vicente, Zé e Vinicius. Eles sentem que revisitar essas canções tem sido um ato de respiro. “Dizem por aí que “a vida é um sopro’. E o resgate deste trabalho é, para nós, uma forma esperançosa de expressarmos nossas razões de viver”, explica Zé Motta. As canções de melodia complexa, que nasceram dos sonhos do trio de músicos e compositores, ganharam contornos nos arranjos primorosos de Pedro Araújo.

 

SOBRE VINICIUS CASTRO, VICENTE NUCCI E ZÉ MOTTA 

Vinicius Castro é um compositor e produtor brasileiro que, depois de morar em Lisboa, Portugal, está de volta ao Rio de Janeiro. Suas músicas já foram gravadas por artistas como Sérgio Assad, Gilberto Gil e Lenine. Vinicius foi indicado à edição 2013 do Prêmio da Música Brasileira com o álbum CRIA – A Família, e à edição 2019 do Prêmio Profissionais da Música com o álbum CRIA – Pra Bagunçar. Castro escreveu 4 canções para a série indicada ao Emmy Kids ‘Gaby Estrela’ em 2015. Sua canção em parceria com Adilson Xavier, ‘Ser Diferente é Normal’, foi traduzida por Emily Perl Kingsley e Sharon Lerner, escritores da Rua Sésamo, e apresentada na ONU em 2012. Vinicius Castro escreveu várias trilhas sonoras para peças de teatro e produziu diversos artistas independentes do Brasil, Estados Unidos e Portugal.

Vicente Nucci é cantor, compositor e arranjador vocal carioca. Atuou no canto coral de 2003 a 2022, como monitor de naipe, regente, diretor musical e arranjador, participando de diversos grupos e apresentações. Um dos trabalhos de maior destaque no canto coral foi o espetáculo São Vicente A Cappella e Guinga, em 2019, no qual Vicente foi arranjador e dividiu a direção musical com Patricia Costa. Como intérprete, integrou trabalhos como os discos “De bem com a vida” (Alberto Rosenblit – 2009), “Amazônia, na trilha da floresta” (Mario Adnet- 2012), “Jobim, orquestra e convidados” (Paulo Jobim e Mario Adnet -2017), OuroBa (2017), “Integridade” (Claudio Nucci e Felipe Cerquize -2018) e “Arretados” (Dedeco e Jean Charnaux – 2019). Vicente tem composições em parceria com artistas como Luiz Fernando Gonçalves, Michele Leal, Claudio Nucci e Juca Filho, além dos amigos Zé Motta e Vinicius Castro. Atualmente, integra o projeto Canto Interior, com Jéssica Nucci, no Rio Grande do Sul. 

Zé Motta é músico e compositor. Desde 2010, integra o Bloco do Sargento Pimenta como percussionista e regente, e já tocou em diversas cidades dentro e fora do Brasil, mais recentemente em Nova York (abril/2023), e teve a oportunidade de fazer uma série de shows na Inglaterra em 2012, incluindo apresentações durante as Olimpíadas de Londres. Recentemente, compôs as trilhas para os espetáculos “Uma mulher é uma mulher” (2019); “Antes D+ Nada” (2020), “Fêmea” e “Resid(u)o” (2021).
Faz parte do trio “Sopro” projeto em parceria com os, também, compositores e músicos Vicente Nucci e Vinicius Castro. Integra o duo Alma de Gato com o também compositor e violonista Carlos Chaves, e faz parte, como músico e ator, do elenco do espetáculo itinerante “Proncovô”, que tem direção de Eduardo Moreira (Grupo Galpão) e direção musical de Sergio Pererê.


PRECIPÍCIO

(Vicente Nucci, Zé Motta e Vinicius Castro) 

Era um amor de emboscada

O princípio da cilada

Um instante pra se perder

Era a visão embriagada

E o desejo de não ver

 

Era um amor de precipício

Meio sina, meio vício

Um altar pro sacrifício

E o desejo de se render

 

Era, quem dera

A Quimera de “era uma vez”

 

Era um amor de outras eras

A junção de céu e terra

Horizonte fácil demais

Era a entranha em pé de guerra

E o desejo de não ter paz

 

Era um amor de contratempo

Meio fuga, meio alento

A verdade em prumo lento

E o desejo sempre fugaz

 

Era, quem dera

A Quimera de “era uma vez”

 

Era um amor sem porquê

E a razão a mercê

 

Era um amor de emboscada

O princípio da cilada

Um instante pra se perder

Era a visão embriagada

E o desejo de não ver

 

De nunca mais ver.

 

FICHA TÉCNICA

 

Composição: Vicente Nucci, Vinicius Castro e Zé Motta

Produção musical: Vinicius Castro

Arranjo: Pedro Araújo

Participação: Lenine

Vozes: Vicente Nucci e Zé Motta

Violão: Vinicius Castro

Clarinete: Vicente Alexim

Contrabaixo acústico: Itaiguara Brandão

Trompete/flugel: Jon-Paul Frappier

Trombone/trombone baixo/barítono: Chris Ott

Flauta 1/ flauta 2/piccolo: Samuel da Silva

Bateria: Adam Alesi

Pandeiro: Mateus Xavier

Mixagem: Gustavo Krebs

Masterização: Carlos Freitas