Carnaval 2019 – GRES Acadêmicos do Salgueiro – Sinopse do enredo

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A Escola de Samba Acadêmicos do Salgueiro divulgou a sinopse do enredo que apresentará no carnaval 2019, na Marquês de Sapucaí, em desfile pelo Grupo Especial do Rio: “Xangô”, de autoria e desenvolvimento do carnavalesco  Alex de Souza.

Confira a sinopse.

GRES Acadêmicos do Salgueiro – Carnaval 2019

Enredo: “XANGÔ”
Carnavalesco: Alex de Souza

Abram alas ao Homem que nasce do poder e morre em nome do poder. Apodera-se do trono de seu irmão para se tornar o verdadeiro líder de uma nação.

Sàngó, Rei absoluto, forte, imbatível, Aláàfìn Òyó, o Homem do Palácio; o grande Obá, o grande Rei.

Batam cabeça pro orixá dos raios, trovões e do fogo. “Senhor do Raio” ou “Senhor das Almas”. Viril e atrevido, violento e justiceiro; implacável com os mentirosos, os ladrões e os malfeitores. Xangô é a representação máxima do poder de Olorum. O desafio é feito sempre para confirmar seu poder. O seu machado duplo, seu Oxé, é o símbolo da imparcialidade. É uma divindade da vida, representado pelo fogo ardente e por essa razão não tem afinidade com a morte e nem com os outros orixás que se ligam à morte.

Sàngó, Ioruba Orisà; Nzazi / Loango, Bantu Nkisi; Xangô, Ketu Orixá; Heviossô, Jeje Vodum; Chango / Jebioso, Santeria Cubana; Ogoun Shango , Vodou Haiti.

É a realeza nas vestes e a sua riqueza, a sua forma de gerir o poder. Usa o vermelho da nobreza e – se grandes reis pisavam sobre o tapete vermelho – Xangô pisa sobre o fogo.

Três esposas: Oya, que divide o domínio sobre o fogo. Oxum, a mais amada. E Oba, que por amor ao seu rei, foi capaz do seu próprio corpo mutilar.

Chega ao Brasil por seus devotados filhos. É cultuado como religião. No Nordeste, influenciado por Daomé, é denominado também de Xangô, em virtude da popularidade e importância da entidade nessa região. A raiz é do Sitio de Pai Adão. É o Xangô de Pernambuco, Xangô do Recife, Xangô do Nordeste e Nagô Egbá.

Sincretizado: das Pedreiras à São Jerônimo, que amansa o leão e que tem o poder da escrita e escreve na pedra suas leis e seus julgamentos. Na cachoeira, com São João Batista, por causa do batismo de Jesus, de lavar a cabeça na água doce para se purificar. Com o poder do fogo, queima, destruindo tudo o que é de ruim e ocorre a transmutação, trazendo tudo o que é de bom, todo o bem possível, de acordo com o nosso merecimento. Isso é o que pedimos nas fogueiras do mês de junho.

São Judas Tadeu, por ter um livro na mão ligado a trabalhos e pedidos de estudos. São Miguel Arcanjo é guerreiro, não das guerras sem propósito, mas, da guerra de cada um contra seu próprio “demônio”. Miguel desce dos céus com o vermelho em suas roupas, em sua árdua batalha contra o mal, quase sempre apontando de cima para baixo seu golpe. A autoridade máxima de São Pedro, a pedra. O primeiro papa, que tem as chaves da igreja e do céu.

Hoje os meus olhos estão brilhando, minha querida Bahia, terra abençoada pelos deuses. Felicidade também mora no Salgueiro. Naquela manhã de 1969, o saudoso professor, na escola tijucana, se incorporou pela primeira vez, ao se trajar como o orixá. E daí à eternidade, consagrado como o Xangô do Salgueiro.

Senhor do que é justo e correto, como o respeito à igualdade de todos. Se a justiça dos homens tem olhos vendados, onde “todos seriam iguais perante a lei”. Os de Xangô estão sempre bem abertos. Apelamos ao supremo tribunal, com seus doze Obás- Ministros de Xangô do Axé Opó Afonjá. Todos serão julgados sem privilegios! Presidido pelo Grande Juiz, que bate o martelo e dá seu veredicto: Chega de impunidade! Seus filhos pedem justiça. Cumpra-se!

Xangô é nosso pai é nosso Rei ! Kawó Kabiesilé!!!

Alex de Souza