Prefeitura do Rio prorroga suspensão de feiras de ambulantes, especiais e feirartes

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A Prefeitura do Rio prorrogou até o dia 30 de abril a suspensão das feiras de ambulantes, especiais e feirartes na cidade, por medida preventiva ao coronavírus. Mas os profissionais que expõem e comercializam nesses espaços se reinventaram e criaram saídas para continuar vendendo as peças que produzem: fazem exposição nas redes sociais e entregam em domicílio. No mundo virtual é possível encontrar tudo de uma feira física do Circuito Rio Ecosol, por exemplo. Moda, decoração e artesanato, arte popular e trabalhos manuais exclusivos, que são criados pelos artesãos e empreendedoras da economia solidária do Rio de Janeiro.

– Os trabalhadores da economia solidária pensam no coletivo, na sustentabilidade, na geração de emprego e renda e, o melhor, estão unidos para driblar a crise – diz Lícia Marca, subsecretária de Desenvolvimento.

É importante dizer que Economia Solidária e Comércio Justo são movimentos globais, que vêm ganhando cada vez mais força no Rio de Janeiro. São micro e pequenos empreendedores locais que, através da cooperação e da solidariedade, se organizam para levar seus produtos para o mercado.

Criado em 2014 para comercializar a produção da economia solidária nas praças da cidade, o Circuito Rio Ecosol, uma parceria do Fórum Municipal de Economia Solidária com a Coordenadoria de Economia Solidária da Secretaria Municipal de Desenvolvimento, Emprego e Inovação (SMDEI), tem um calendário mensal e está em 10 bairros diferentes e conta com mais 200 empreendimentos.

“A economia solidária movimenta a economia local, é uma alternativa ao modelo patronal e gera renda e trabalho de maneira auto gestionária, inovadora e sustentável”, ressalta Nívea Patrocínio, coordenadora de Economia Solidária da SMDEI.

Máscaras entraram na produção
Seguindo a máxima que diz que crise é oportunidade, algumas artesãs mudaram o modelo das peças que faziam pelo corte das máscaras, tão importantes e indicadas nesse momento de pandemia, como forma de se prevenir contra o coronavírus.

Anastácia Nicácio, que faz roupas infantis, seguiu nessa linha e está colocando toda a sua criatividade na criação das peças. Tem para todos os gostos: lisas, estampadas, motivos infantis, cores discretas. Mas o que importa mesmo é que ela e todos estão enfrentando esse momento com criatividade, união e a certeza de que vai passar.

“Fazer as máscaras foi um alívio pra mim, pois já estava começando a faltar dinheiro em casa. Agora, as encomendas vão chegando e a esperança de que vamos conseguir vencer vem junto”, conta Anastácia.

Segue lá
Para encontrar as tantas peças lindas dos artesãos, o caminho, atualmente, é o computador. Basta entrar no grupo do Facebook: https://www.facebook.com/groups/2919431364803353/ .

No Instagram é só seguir https://instagram.com/anastaciapresentes?igshid=1ouxbfcogche0 ou https://www.instagram.com/p/B_HlHWjJ_Kd/?igshid=12nbrbmmhanve

Como são as feiras do Circuito EcoSol
Os expositores participam das 13 feiras que acontecem mensalmente, com o apoio da Prefeitura, no Largo do Machado, Campo Grande, Tijuca (Praça Saens Peña), Leblon, Cinelândia, Praça Mauá, Largo da Carioca, Santa Cruz, Ipanema (Praça Nossa Senhora da Paz), Cidade de Deus, Cidade Nova, Méier e Jacarepaguá (Taquara). Já os produtores de orgânicos participam das feiras promovidas pela Prefeitura em diversos bairros da cidade.

A Prefeitura viabiliza o encontro desses empreendedores Ecosol com a concessão do espaço público para realização de feiras e divulgação. Além disso, há um trabalho permanente para a troca de experiências e capacidades entre os membros associados e, também, de expansão do número de pessoas que utilizam seus talentos como empreendedores solidários e sustentáveis, seja como atividade econômica principal ou como complementação de renda.