Pianista Leonardo Hilsdorf se apresenta com a OSB dia 30/11

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Um dos mais prestigiados pianistas de sua geração, Leonardo Hilsdorf é o solista do concerto que a Orquestra Sinfônica Brasileira apresentará no dia 30 de novembro, às 19h, na Sala Cecília Meireles. Junto com a OSB, ele interpretará o Concerto para Piano e Orquestra nº2, de Beethoven. Sob a condução do maestro convidado Roberto Tibiriçá, a orquestra executará, ainda, mais duas obras do compositor alemão: A Abertura Coriolano e a Sinfonia nº4.

Escrita no início de 1807, a Abertura Coriolano, em Dó Menor, Op. 62, peça que abre o concerto, é uma daquelas obras em que o gênio tempestuoso de Ludwig van Beethoven se manifesta com toda força. A composição é inspirada em um drama homônimo do dramaturgo Heinrich Joseph von Collin, a quem foi dedicada. A força trágica do drama de Collin é transposto em música com extremo apuro, mas ao invés de contar uma história, a Abertura Coriolano explora a tensão emocional do texto.

Na segunda obra do programa, os ares ficam mais leves e o senso de humor beethoveniano entra em cena com o divertido Concerto para Piano e Orquestra No. 2, em Si Bemol Maior, Op. 19. Cronologicamente anterior ao Concerto para Piano e Orquestra No. 1, a composição passou por várias alterações até chegar à sua forma final.

O último número do espetáculo é a Sinfonia No. 4, em Si Bemol Maior, Op. 60. Por estar inserida entre as colossais sinfonias de Nº. 3 e 5, a 4ª de Beethoven talvez goze de menor popularidade. Trata-se, porém, de uma composição solar e cheia de espontaneidade em que o compositor exibe toda a sua destreza no trato com as formas musicais. Estreada ao lado da Abertura Coriolano, a Sinfonia Op. 60 possui 4 movimentos.

A ORQUESTRA SINFÔNICA BRASILEIRA:

Fundada em 1940, a Orquestra Sinfônica Brasileira é considerada um dos conjuntos sinfônicos mais importantes do país. Em seus 80 anos de trajetória ininterrupta, a OSB já realizou mais de cinco mil concertos e é reconhecida pelo pioneirismo de suas ações, tendo sido a primeira orquestra a realizar turnês pelo Brasil e exterior, apresentações ao ar livre e projetos de formação de plateia. Em abril de 2021, a Orquestra Sinfônica Brasileira foi registrada como patrimônio cultural imaterial da cidade do Rio de Janeiro.

Composta atualmente por mais de 70 músicos brasileiros e estrangeiros, a OSB contempla uma programação regular de concertos, apresentações especiais e ações educativas, além de um amplo projeto de responsabilidade social e democratização de acesso à cultura.

Para viabilizar suas atividades, a Fundação conta com a Lei Federal de Incentivo à Cultura, tem o Instituto Cultural Vale como mantenedor e a NTS – Nova Transportadora do Sudeste, como patrocinadora master e a Brookfield como patrocinadora, além de um conjunto de copatrocinadores e apoiadores culturais e institucionais.

SOBRE ROBERTO TIBIRIÇÁ:

Roberto Tibiriçá recebeu orientações de Guiomar Novaes, Magda Tagliaferro, Dinorah de Carvalho, Nelson Freire e Gilberto Tinetti. Foi discípulo do maestro Eleazar de Carvalho, com quem teve a oportunidade de trabalhar durante 18 anos, depois de ter vencido o Concurso para Jovens Regentes da OSESP em duas edições seguidas. Ocupou o cargo de Regente Assistente no Teatro Nacional de S. Carlos (Lisboa/Portugal) e em 1994 tornou-se Diretor Artístico e Regente Titular da Orquestra Sinfônica Brasileira. Entre 2000 e 2004 foi Diretor Artístico e Regente Titular da Orquestra Petrobrás Sinfônica e, entre 2005 e 2011, Diretor Artístico da Sinfônica Heliópolis, do Instituto Baccarelli. Em 2010 assumiu como Regente Titular da Orquestra Sinfônica de Minas Gerais, onde permaneceu até 2013. Foi também Regente Titular e Diretor Artístico da Orquestra Sinfônica de Campinas, da Orquestra Filarmônica de São Bernardo do Campo e da Orquestra Sinfônica do SODRE (Montevidéu/Uruguai). No Rio de Janeiro, foi eleito pela crítica como o Músico do Ano de 1995 e recebeu, neste estado, o Prêmio Estácio de Sá, por seu trabalho à frente da Orquestra Sinfônica Brasileira.

Participou por duas vezes do Festival Martha Argerich, no Teatro Colón em Buenos Aires, a convite da própria artista em 2001 e 2004. Há alguns anos é convidado para o Festival Villa-Lobos, na Venezuela, regendo concertos com a Orquestra Simón Bolívar. Recebeu, em 2010 e 2011, o XIII e o XIV Prêmio Carlos Gomes como Melhor Regente Sinfônico, por seu trabalho com a Orquestra Sinfônica de Minas Gerais e a Sinfônica Heliópolis. Recebeu ainda, em 2011, a Ordem do Ipiranga, a mais alta honraria do Estado de São Paulo, a Grande Medalha Presidente Juscelino Kubitschek, outorgada pelo Governo de Minas Gerais e o Prêmio Associação Paulista de Críticos de Artes – APCA – como Melhor Regente, por sua atuação na Sinfônica Heliópolis e na Orquestra Sinfônica de Minas Gerais.

Ocupa a Cadeira Nº 5 na Academia Brasileira de Música e é Membro Honorário da Academia Nacional de Música, no Rio de Janeiro. Em 2020, realizou, com a OSESP, a estreia mundial da ópera “Cartas Portuguesas”, do compositor brasileiro João Guilherme Ripper, e gravou para o selo NAXUS os Choros para Clarinete, Piano, Viola, Violoncelo e a peça Flor de Tremembé, de Camargo Guarnieri.

SOBRE LEONARDO HILSDORF:

Um dos principais expoentes da nova geração de pianistas brasileiros, Leonardo Hilsdorf vem se apresentando com sucesso no Brasil, Estados Unidos e Europa.

Aclamado pela crítica especializada, sua performance foi saudada como ‘fenomenal’ (Fuldaer Zeitung) e ‘encantadora e magistral’ (L’Independent). Por dois anos foi um dos seletos solistas em residência na Capela Musical Rainha Elisabeth da Bélgica, onde trabalhou sob os cuidados de Maria João Pires, sua atual mentora.

Recebeu o 1o prêmio em diversas competições internacionais na Alemanha, França, Itália, Espanha, Portugal, México e Brasil. Entre eles, obteve o prestigioso prêmio Nadia et Lilit Boulanger em Paris, e o prêmio especial da União Europeia de Concursos de Música para a Juventude em San Sebastián/Espanha. Em 2016, venceu por unanimidade o 1o prêmio no Concurso Internacional J.J.C Yamaha do México, que lhe rendeu uma turnê por diversos países da América Latina. Mais recentemente recebeu o primeiro prêmio no Festival Verão Clássico em Lisboa, e em 2020, a medalha de ouro no Concurso Internacional de Roma InMusica.

Temporadas passadas incluíram aparições no Concertgebouw de Amsterdan, Flagey e Bozar em Bruxelas, Maison de la Radio em Paris e BeethovenHaus de Bonn, além da Sala São Paulo, do Teatro Municipal do Rio de Janeiro e da Sala Cecília Meirelles. Já se apresentou, entre outras, com a Orquestra Filarmônica da Radio France, Orquestra Royal e Wallonie, Sinfônica de Yucatán e, no Brasil, junto a OSESP, Orquestra Sinfônica Brasileira e Filarmônica de Minas Gerais.

Leonardo é regularmente convidado a participar de festivais e masterclasses ao redor do mundo, incluindo o prestigioso Ravinia Festival nos Estados Unidos, Festival Emil Gilels na Alemanha, Académie de Villecroze na França e o Festival Campos do Jordão no Brasil. Em 2014 foi entrevistado pela renomada revista francesa Pianiste, que também lançou um CD com seu recital ao vivo na Salle Cortot de Paris, e em 2016 foi eleito o Jovem Talento do ano pela Revista Concerto, em votação dos principais críticos de música do Brasil. Gravou para France Musique e Musiq3 na Europa; Rádio e TV Cultura e Rádio MEC no Brasil.

Bacharel em Piano na Universidade de São Paulo, concluiu seu mestrado em Performance no New England Conservatory de Boston, orientado por Wha Kyung Byun e Russell Sherman. Além de um diploma de Concertista outorgado pela École Normale de Paris, Leonardo concluiu em 2018 um segundo mestrado em performance na escola de música de Colônia, Alemanha, na classe de Claudio Martinez Mehner.

Atualmente Leonardo reside em Lisboa, onde paralelamente a sua atividade artística e pedagógica, desenvolve uma tese de doutorado em Estudos da Cultura conjuntamente na Universidade Católica Portuguesa e na Universidade de Copenhagen.

Saiba mais em:

www.osb.com.br

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youtube.com/sinfonicabrasileira

Instagram: @osbrasileira

PROGRAMA:

Ludwig van Beethoven – Abertura Coriolano em Dó Menor, Op.62

Ludwig van Beethoven – Concerto para Piano No. 2, em Si Bemol Maior, Op.19

     I. Allegro con brio | II. Adagio | III. Rondo. Molto allegro

Ludwig van Beethoven – Sinfonia No. 4, em Si Bemol Maior, Op. 60.

     I. Adagio – Allegro vivace | II. Adagio | III. Allegro vivace | IV. Allegro ma non troppo

Orquestra Sinfônica Brasileira

Roberto Tibiriçá, regência

Leonardo Hilsdorf, piano

SERVIÇO:

Orquestra Sinfônica Brasileira e Leonardo Hilsdorf

Dia 30 de novembro 2021 (terça-feira), às 19h

Local: Sala Cecília Meireles (Rua da Lapa, 47 – Centro, Rio de Janeiro)

Ingressos: R$ 40,00 (R$20,00 meia)

À venda na bilheteria da Sala e no site Sympla

(https://bileto.sympla.com.br/event/69671)